21 de outubro de 2011

::Expectativas::

 Permitir que a expectativa se faça presente, as vezes, é iludir-se e acabar por decepcionar-se, ou não.

 Criar expectativas em relação a um filme quando muito se ouviu dizer dele, daquele livro que a capa chamou a atenção quando despretenciosamente passamos por ele, ou até daquele CD do artista X que está para ser lançado, corremos o risco de apenas gostar ou não, depende do estado de espírito que nos encontramos. Mas também existem outros tipos de expectativas, como a daquela resposta de emprego, ou da viajem mais que desejada, do encontro com o gato no próximo final de semana...

 Criar expectativas em relação a algo é andar em corda bamba. Basear-se no tempo esperado ou na probabilidade da promessa ser cumprida por direito, também é ser equilibrista.

 Não que se tenha algum problema em criar expectativas, até porque, de certa forma ela nos traz esperança, mas é que expectativa de mais, frustrações a mais...


 Ficamos vulneráveis com elas e não permitimos sentir o fluxo do rio seguido seu curso naturalmente, já que é bom à beça ser surpreendido pelos bons ventos do imprevisto favorável que a vida nos proporciona, no entanto, quando vestimos os óculos de expectativa acabamos por deixar que nos peguem desprevenidos .

 Balancear é a chave mestre para que frustrações não sejam uma constante, assim como viver expectativas de mais ou de menos.


                                                               (Foto: google)

29 de setembro de 2011

'Reencontrando a Felicidade'

Derrepente o barco muda de direção com a correnteza que te pega distraído e faz você 'perder' o caminho?

 A mudança radical que se vive com o abismo da perda inesperada é o que gira em torno da vida dos personagens do filme traduzido para o português 'Reencontrando a Felicidade' dirigido por John Cameron Mitchell, que na minha humilde opinião é equivocada já que o filme não se trata de reencontrar a felicidade e sim de superar os acontecimentos inesperados tendo de voltar a viver a vida.

 Nicole Kidman e Aaron Eckhart encarnam tremendamente bem os personagens de Becca e Howie trazendo um realismo tocante aos olhos e sentidos. 

 Cada um tentando superar e reagindo ao seu modo a imensa dor que negam sentir, enquanto buscam respostas e forças para continuar caminhando.


 Reencontrando a felicidade é um drama tremendamente tocante e simples, um tanto triste mais muito rico nos dialogos. Comovente aos que 'mergulham' na historia, com imagens sensiveis e nada apelativas, apreciar essa talentosa obra, vale a pena.




4 de agosto de 2011

::Manhã de Domingo::

 Ela desejava fumar um cigarro enquanto destrinchava o jornal que provavelmente demoraria 1 semana pra ler inteiro e digerir todas informações, quando voltou ao presente e se lembrou que não fumava mais.  Confusa com tanta informação, colou água para ferver enquanto cortava a maçã para o chá de hibisco, canela e cravo que a acompanharia na volta ao jornal de domingo quando de súbito, lhe veio a voz do marido que as vezes, para quebrar o gelo da situação dizia: - ...mas o mundo vai acabar em 2012...e caia na risada levando a conversa pra um lado mais humorado e sarcástico, esfriando o calor dos ânimos exaltados. Sabendo que o mundo não acabará já em 2012, se acabasse ela não viveria aquela viajem de lua de mel que não teve para NY,  a visita as irmãs na Europa aproveitando  e dando uma esticadinha para algum lugar próximo como Amsterdam, Bélgica, Itália, Espanha... Com a face tensa em pensar nessa hipótese, desperta-se com o barulho da agua fervendo e termina de acrescentar os ingredientes tampando a panela e voltando para lavar a louça que sujou enquanto o chá descansa, restando então, o barulho da agua que escorre pela torneira da pia que a fascina e a tira desse universo incerto.
 Louça arrumada, caneca à postos, delicadamente enche a xícara com aquele liquido perfumado e vermelho, e volta para o chão da sala com as almofadas e o jornal de domingo espalhado, retomando portanto os atuais acontecimentos do Brasil e do mundo.




30 de março de 2011

Receitinha Outono/Inverno: Chá de Goiaba


    O Outono começou e agora com ele os pratos e bebidas quentes aguçam o paladar. Então decidi dividir uma receitinha que eu acho ó.t.i.m.a e também muito saborosa para aqueles momentos antes de dormir, na companhia de um livro embaixo das cobertas ou até mesmo esparramada na rede da sacada com gorro e cachecol observando o espetáculo do céu.  

Eu aprendi alguns anos atrás com um senhor genioso porém muito sábio, então lá vai:
Para uma pessoa:
  01 goiaba cortada em pedaços pequeno
  01 gengibre pequeno
Modo de Preparo:
  Em uma panela coloque 01 xícara e meia de chá de água, as goiabas cortadas em pedaços pequenos e 1/4 do gengibre também cortadinho sem casca (se preferir adicione menos gengibre). Deixe ferver por aproximadamente uns cinco minutos, tampe a panela deixando descansar por mais alguns minutinhos, coe e está pronto!
         
          Para aqueles que gostam de açucar é só acrescentar (eu particularmente tomo sem).

É super fácil, rápido e delícioso, espero que apreciem.

Para os amantes de chá feito diretamente das ervas e frutas como eu essa é uma boa pedida, fica a dica!


                                                    Bon appétit
 

9 de fevereiro de 2011

'Pelos Campos da Imaginação'

   Ela não entendia ao certo o porque de sua pele arrepiar sem ao menos estar fazendo frio, quando o encantamento de teus olhos vidrados nas palavras traziam esse estado para junto de ti.

 Sentia uma sensação gostosa, como quando deliciava-se ao mar em um dia quente ou como quando se satisfazia com a panela de brigadeiro fria. 

  Com um sorriso imenso exposto custoso de conter, concentrada, ela se entregava, toda envolvida, vivia cada passagem, sentia cada aroma, reparava em cada cor, torcia, vibrava, chorava com as lágrimas da derrota, da dor, do desastre, abandono ou fracasso, até com as gotas de alegria, ela também derrubava e assim sentia.

 Sabia no fundo que nada tinha haver com sua vida, mas era sensível demais e se entregava por inteiro. Era uma amante das historias que a tocavam e assim, aos olhos dos que a julgavam e debochavam, todavia, pouco importava e assim sendo lamentava por não haver delicadeza e sensibilidade nesses que muito pouco sentiam as diversas sensações existentes de se poder caminhar por entre os campos diversos que a imaginação podem levar.

 Ela contudo compreendia, que esse prazer, dela, ninguém tiraria...

(foto: google) 
'Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas'.(Mário Quintana)




1 de fevereiro de 2011




Quantas lágrimas terei de derramar para entender que quando estou de 'bem' comigo mesma, também estarei de 'bem' com os que perto de mim estão?

Quantos argumentos terei de pronunciar para que minha preguiça mimada entenda que só alcançarei aquele estado de graça se me jogar na caminhada?

Quantos quartos escuros terei de enfrentar, ascendendo vela ou não, insenço ou controlando a respiração, para compreender que só atingirei o que almejo com a bendita ação?

Tenho insistido na pratica da observação, as vezes com o uso até de lupa ou lanterna, pra tentar ver direitinho o que tenta passar despercebido. Confesso que não tem sido fácil não, por causa das descobertas um tanto quanto inesperada mas bem vinda, já que são sentidas.

Assim, vou lutando a cada dia pra não me sentir ou parecer egoista, já que, o olhar tem sido redirecionado e desse modo, sem pretensão alguma, por puro deleite de conhecer mais a si mesma e conseguir conviver harmoniozamente, de maneira doce e paciente em companhia agradavel dessa 'pequena' pessoa que vos fala, embarco nesse barco pelas aguas inquietas que ainda existem esse imenso coração.


 

29 de dezembro de 2010

A sensação de que tudo é possivel.


Eu gosto do fim do ano porque me da a sensação de que TUDO ainda é possivel.

De uma força para recomeçar eu me embreago, mesmo recomeçando a cada dia, esses instantes finais do final do ano me levam a pensar naquilo que me propuz a fazer e fiz  e também naquilo que não fiz.

Fico feliz e me sinto realizada com aquilo que deu certo e o que não deu também, pois pelo menos, eu me propuz a tentar. Essas tentativas me fazem entender que sou humana e não deixam que eu me esqueça de depositar mais de mim, e tentar com o dobro de força a não desistir  - como em um posição de yoga, que sempre é possivel exigir um pouquinho mais do corpo - assim, entre tombos e erguidas, a gente vai se conhecendo, se descobrindo e se reinventando.


Com o ritual sendo preparado, a intenção com o coração almejada que venha mais um ano.

                                                             
        







                         Um 2011 encantador!